*** Perdôa ***
Perdoa
Perdoa...
Pela ausência no tempo
Por não enxergar os próprios caminhos
Perdoa...
Pelos tropeços causados impensadamente
Ao longo do caminhar vacilante
Perdoa!
Um pobre demente que a verdade desconhece
Que deixou que as ruas o entontecessem com claridade
Da ilusão desmedida
Perdoa!
A forma irracional de um momento que te quis
Lúcido
Não percebia que há muito não te merecia
Só na minha loucura...
Eu fui te querer e te amei tão sozinha...
São Paulo, 15 de fevereiro de 1987.
Darcy bilherbeck.