Grandiosidades do homem
Banhava-se em batuques, ecos cada vez mais presentes;
Olhava tão penetrante, as influências da dança;
Que agradecia quase sem querer para algum Deus
E caía inerte nas mesmas raízes que fora contra
Mas que no fundo eram a sua essência mais pura
E no ápice se pegou rodando em espiral
Recebia com tantas forças as energias do coração
Que do poço do fundo de seus desejos
Nascia a vontade de pegar e morder o infinito
Que no fundo era a presença viva dela mesma
Resignava-se e encobria-se de um ar grandioso
Desses que só a tranqüilidade lhe permitiria
Esses únicos indícios da sentença verídica que vivia
Davam-lhe arrepios nas entranhas e faziam-na dançar
Cada vez mais rapidamente em um vale de sensações inócuas
Lavou-se de todo como se lhe jorrassem água sagrada
Além de tudo, das utopias da própria razão;
Nada mais importava, não sentia, não via ou ouvia;
Apenas libertava-se para dentro de inexperiências
E se soltava como se ali estivesse por séculos
Não acordou mais.
E quando se descobriu solta pelo tempo e vento a fora
As lágrimas fiéis caíram com densidade em sua face
Quase lhe dizendo que aquele divisor de horizontes
Ó sim! Eram uma das grandiosidades do homem.