Grandiosidades do homem

Banhava-se em batuques, ecos cada vez mais presentes;

Olhava tão penetrante, as influências da dança;

Que agradecia quase sem querer para algum Deus

E caía inerte nas mesmas raízes que fora contra

Mas que no fundo eram a sua essência mais pura

E no ápice se pegou rodando em espiral

Recebia com tantas forças as energias do coração

Que do poço do fundo de seus desejos

Nascia a vontade de pegar e morder o infinito

Que no fundo era a presença viva dela mesma

Resignava-se e encobria-se de um ar grandioso

Desses que só a tranqüilidade lhe permitiria

Esses únicos indícios da sentença verídica que vivia

Davam-lhe arrepios nas entranhas e faziam-na dançar

Cada vez mais rapidamente em um vale de sensações inócuas

Lavou-se de todo como se lhe jorrassem água sagrada

Além de tudo, das utopias da própria razão;

Nada mais importava, não sentia, não via ou ouvia;

Apenas libertava-se para dentro de inexperiências

E se soltava como se ali estivesse por séculos

Não acordou mais.

E quando se descobriu solta pelo tempo e vento a fora

As lágrimas fiéis caíram com densidade em sua face

Quase lhe dizendo que aquele divisor de horizontes

Ó sim! Eram uma das grandiosidades do homem.

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 14/11/2006
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