O Ciclo
... Ainda é frio aqui
Eu seguro as suas mãos, mas nenhum calor é transferido
Você pode ouvir esse som?
Se puder ouvir, abra os olhos... Ainda há tempo, querida
Não pense que existe uma hora onde não se pode mais tentar
Quem pode dizer quanto tempo é o suficiente pra aprender?
Nós choramos, nós fingimos, nos deitamos e levantamos e ainda é manhã
Por que o ontem nunca existiu pra quem viveu pra sempre
Será que você é capaz de se jogar hoje?
E se você morrer, pergunto: O que você semeou no solo de seus dias?
Eu escrevi canções que fizeram os anjos jubilarem
Mas permaneci no escuro, colhendo desculpas pra mais uma vida
Eu só queria gritar, e, ainda criança, não sabia
Fui apodrecendo onde deveria ter germinado infinitudes
Multidões de rostos e parece tudo tão vazio
A insidiosa repetição dos ciclos... Nunca falha... Nunca espera