Mãos.
Uma mão lava a outra,
E as duas juntas lavam o rosto.
Com uma mão na frente e outra atrás;
Quer dizer que se é pobre demais.
Dar as mãos, para se unir;
Segurar na mão prá não cair.
Pedir a mão, aí vem matrimônio;
Mão aberta, adeus patrimônio.
Mão leve, amiga do alheio;
Que costume mais feio!!!!
Mão de vaca, não dá nem bom dia;
Mão pesada, que bate e judia;
Molhar a mão, é corrupção;
Mão estendida é doação.
De mãos abanando, sem nada trazer;
De mãos cheias, a oferecer.
Mãos de fada; mãos que criam;
Mãos suaves que acariciam;
Mãos delicadas, mãos de doutor;
Mãos calejadas, de lavrador.
Mãos estendidas para abençoar;
Mãos encolhidas não sabem doar.
Mãos sempre postas, em oração;
Mãos que buscam, paz e perdão.
Mãos que empunham armas mortais;
Mãos que causam dores e ais.
Mãos que ensinam com devoção;
Mãos pequeninas que fazem lição.
Mãos que se apertam, mostrando amizade;
Mãos que dizem adeus, com saudade;
Mãos que batem, trazendo dor;
Mãos que escrevem cartas de amor.
Mãos que afagam, ensinam e pedem.
Mãos que falam e os surdos entendem;
Mãos que selam acordos de paz;
Mãos que jogam um beijo fugaz.
Mãos que assinam decretos de guerra;
Mãos que tiram o sustento da terra.
Dar uma mão, demonstra amizade;
Dirigir na contra-mão, é insanidade.
Mãos que tocam instrumentos e guia;
Mãos que escrevem canções e poesias;
Mãos que lançam os dados da sorte;
Mãos que se cruzam na hora da morte!