Mãos.

Uma mão lava a outra,

E as duas juntas lavam o rosto.

Com uma mão na frente e outra atrás;

Quer dizer que se é pobre demais.

Dar as mãos, para se unir;

Segurar na mão prá não cair.

Pedir a mão, aí vem matrimônio;

Mão aberta, adeus patrimônio.

Mão leve, amiga do alheio;

Que costume mais feio!!!!

Mão de vaca, não dá nem bom dia;

Mão pesada, que bate e judia;

Molhar a mão, é corrupção;

Mão estendida é doação.

De mãos abanando, sem nada trazer;

De mãos cheias, a oferecer.

Mãos de fada; mãos que criam;

Mãos suaves que acariciam;

Mãos delicadas, mãos de doutor;

Mãos calejadas, de lavrador.

Mãos estendidas para abençoar;

Mãos encolhidas não sabem doar.

Mãos sempre postas, em oração;

Mãos que buscam, paz e perdão.

Mãos que empunham armas mortais;

Mãos que causam dores e ais.

Mãos que ensinam com devoção;

Mãos pequeninas que fazem lição.

Mãos que se apertam, mostrando amizade;

Mãos que dizem adeus, com saudade;

Mãos que batem, trazendo dor;

Mãos que escrevem cartas de amor.

Mãos que afagam, ensinam e pedem.

Mãos que falam e os surdos entendem;

Mãos que selam acordos de paz;

Mãos que jogam um beijo fugaz.

Mãos que assinam decretos de guerra;

Mãos que tiram o sustento da terra.

Dar uma mão, demonstra amizade;

Dirigir na contra-mão, é insanidade.

Mãos que tocam instrumentos e guia;

Mãos que escrevem canções e poesias;

Mãos que lançam os dados da sorte;

Mãos que se cruzam na hora da morte!

Madaja Dibithi
Enviado por Madaja Dibithi em 02/04/2011
Reeditado em 03/04/2011
Código do texto: T2885776
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.