Envelheço, sim, com orgulho!
Que quererias?!
Que pedisse emprestadas horas
Às gerações vindouras,
Eu, que findo?!
Cabe-me olhar amplo,
Que já vi tanto
E resisti de sobejo.
Cabe-me ser tronco,
Que não ramo prometendo
Florir sem fruto.
Cabe-me ser esteio
Aos que no vento se arrojam.
Serenamente aguardo o sagrado limbo
De onde emergi e onde mergulharei
Atavicamente
De novo.