TEMPO MORIBUNDO...

As horas são lentas

quase mortas...

como feridas purulentas

em pernas tortas,

neste tempo moribundo

com pútridos odores,

desanimado e vagabundo,

fétido em suas dores,

tão mórbidos segundos

cheira à velas tremulantes,

e os zumbís do submundo

meio mortos, ambulantes,

saciam a fome

deste tempo, que os consome...

Esta é uma interação que tive o prazer de fazer, como homenagem, ao belíssimo texto HORAS MORTAS da poetisa CALLÍOPE. Obrigada querida, pela oportunidade de poder compor os meus singelos versos, bjs!
 



DIAS DE ESPERA 
                       Miguel Jacó                     

Emperrados são os dias de espera,
Que margeiam nossas vidas sedentárias,
Comprometem um viver em cefaléia,
E conta dizem as chagas não cicatrizadas,
Cada intento abre novos ferimentos,
Que exalam os odores horripilantes,
Em um corpo que em outrora foi viçoso,
E agora agencia os degradantes,
Como é tenso o desgaste de poder,
E amedronta as escassez de um limite,
Houve um momento em que pensei ser importante,
Mas hoje em dia me considero um detrito,
Se fosse adubo ainda seria aproveitável,
Infelizmente minas moléstias contagiam.

Boa noite Nana Okida, você compôs irretocáveis versos narrando estas nuances sazonais do nosso existir em relação ao impiedoso tempo. Parabéns.MJ.
Obrigada Miguel, por valorizar os meus singelos versos com sua presença nesta escrivaninha, bjs!  

Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 25/03/2011
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T2869653