Um certo barco ébrio*
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nas lembranças acordadas
sentada na ponta da areia
o mar meus pés beijava
enquanto escondida relembrava
um poeta maldito...
um poeta selvagem
sentia grande espanto
quando eu lia"O barco Ébrio"
espanto de novidades
até o mar tornou-se outro
aos meus olhos deslumbrados
com ele "le bateau ivre" mergulhei
nas suas profundezas
e minha alma
antes a deriva
sob o azul do céu
e sobre o verde do mar
cortou suas amarras
e livre pode voar.
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Alzira Paiva Tavares
Praia de Tamandaré 15/01/2010