Um certo barco ébrio*

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nas lembranças acordadas

sentada na ponta da areia

o mar meus pés beijava

enquanto escondida relembrava

um poeta maldito...

um poeta selvagem

sentia grande espanto

quando eu lia"O barco Ébrio"

espanto de novidades

até o mar tornou-se outro

aos meus olhos deslumbrados

com ele "le bateau ivre" mergulhei

nas suas profundezas

e minha alma

antes a deriva

sob o azul do céu

e sobre o verde do mar

cortou suas amarras

e livre pode voar.

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Alzira Paiva Tavares

Praia de Tamandaré 15/01/2010

arizla
Enviado por arizla em 21/03/2011
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T2861801
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