Séculos Corridos
O homem
Na estrada do seu destino
De séculos corridos
Vangloria-se
Sua atrocidade
Perdura e amplia-se
Na face simulada
Células
No penetrais há trevas
Deseja ser um eterno colosso
Esquecendo que é pó
E assim perdendo
O que lhe mais é duradouro
Sua busca pangarave
Pelo poder de possuir
E consumir
O torna tão repugnante
Quanto ratazanas no esgoto
A diferir
Que tua é a opção
Não preciso de haríolos
Para acreditar
Que toda poesia
Pudesse ajudar
O amor virou produto
De um emergente submundo
Tudo isso
E um pouco mais
Enerva minha alma
Mas não cala minha voz