Séculos Corridos

O homem

Na estrada do seu destino

De séculos corridos

Vangloria-se

Sua atrocidade

Perdura e amplia-se

Na face simulada

Células

No penetrais há trevas

Deseja ser um eterno colosso

Esquecendo que é pó

E assim perdendo

O que lhe mais é duradouro

Sua busca pangarave

Pelo poder de possuir

E consumir

O torna tão repugnante

Quanto ratazanas no esgoto

A diferir

Que tua é a opção

Não preciso de haríolos

Para acreditar

Que toda poesia

Pudesse ajudar

O amor virou produto

De um emergente submundo

Tudo isso

E um pouco mais

Enerva minha alma

Mas não cala minha voz

Ritual
Enviado por Ritual em 08/11/2006
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