ALUCINA
Oh ventos que tremulam as palmas, o arvoredo
Ilusão de cada dia como o brilho do orvalho
das quimeras que sonhaste junto as ondas quebrantadas
Pelo brilho do farol se fez turva, ofuscada
No caminho percorrido pelo ventre sinuoso
Era a sede, era a fome a dormente dos teus braços
A palavra que norteia e açoita palpitante
o desejo ancorado no convés do meu retardo
Oh sombras que acolhem o delírio , devaneio
Revoada de desejos, coração atormentado
Estigmas que na fronte contumaz se perpetua
Pássaro rendido a espera de um milagre
Oh ventos que invadem a agonia dos vitrais
Corpos contorcidos fincam mãos em estupor
Dos anais que rebuscados pela vida em desatino
Se faz eco rubro, rouco, nas colinas, nos pinhais...