ALUCINA

Oh ventos que tremulam as palmas, o arvoredo

Ilusão de cada dia como o brilho do orvalho

das quimeras que sonhaste junto as ondas quebrantadas

Pelo brilho do farol se fez turva, ofuscada

No caminho percorrido pelo ventre sinuoso

Era a sede, era a fome a dormente dos teus braços

A palavra que norteia e açoita palpitante

o desejo ancorado no convés do meu retardo

Oh sombras que acolhem o delírio , devaneio

Revoada de desejos, coração atormentado

Estigmas que na fronte contumaz se perpetua

Pássaro rendido a espera de um milagre

Oh ventos que invadem a agonia dos vitrais

Corpos contorcidos fincam mãos em estupor

Dos anais que rebuscados pela vida em desatino

Se faz eco rubro, rouco, nas colinas, nos pinhais...

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 15/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2849038
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.