Insistência de mim
Ainda não tenho
a intimidade perfeita com as palavras.
Sei sentir seus significados,
reconhecer seus valores,
mas, falta-me aquela habilidade
peculiar de poeta para escrever
um poema perfeito, ou quase perfeito!
O desejo de criar
fala por mim, insisto e
invisto em mim.
E o que escrevo,
escrevo à minha maneira,
com meu jeito simples,
e o verso nasce inseguro.
Mas, eu preciso mostrar
O meu dom para alguém,
plausível ou não,
é o meu “eu” que fala.
antes criar um verso torto
mas, que seja oriundo do meu pensar!
Quem poderá reconhecer
meu valor se eu cultivar
os meus medos,
e ocultar os meus versos?
E continuo nessa insistência de mim!
Diná Fernandes