Cada vez mais fico aturdido,
Perplexamente perdido,
Mediante a incoerência que rege o ser humano,
Que só faz rasgar o próprio pano,
Por absoluta falta de autoconhecimento
E, principalmente, bom senso.
Não percebe os abismos em seu discurso.
Traçou um trágico percurso,
Para si próprio,
Entupiu-se de mortais ópios
E assim, segue pela vida,
Ignorando que o caminho é a subida.
Vestiu uma personagem,
Que não se enquadra na universal paisagem.
Pensa-se bom!
Não escuta a própria voz,
Portanto, não percebe o quanto está longe do tom...
Distrai-se cegando seus nós.
Não sabe em que acredita.
Atira para todos os lados,
Em busca de algo que se encaixe em seu desatino.
Escreve em tintas invisíveis, seu destino.
Olhar para dentro, nem cogita...
Está como que hipnotizado!
Faz questão de não enxergar seus absurdos.
Ergue, cada vez mais altos, os seus muros.
Há crateras em sua tenda.
Falta substância em sua lenda.
Ignora o infinito
Esquecendo-se que ele mesmo é finito.
Não ergue os olhos.
Estão congestionados seus poros...
Sua mente confusa
Mantém sua alma aprisionada e difusa...
Ainda não aprendeu a linguagem universal,
Sua lógica brilhante e sensacional!
Usa contra si, a maior parte do que aprende.
Não se arrepende!
Ignora as lições do passado,
Pondo-o de lado.
Despreza a evolução
Exigida pela vastidão.
Está preso às suas raízes,
Que estão completamente expostas.
Espalha cicatrizes,
Desilusões em compotas!
Achincalhou com a arte de amar.
Recusa-se a se entregar,
Prefere interpretar!
Pena que seja tão péssimo ator...
Cultua a dor.
Está demorando demais para acordar,
Para se posicionar
E assumir, definitivamente, seu lugar.
Vídeo recomendado:
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