Última nau
Cheguei ainda a tempo
De embarcar
Nas águas da vida
Numa tarde de verão
Olhei-me intensamente
Nas profundezas abissais
De quem sou
Como queria
Ser resumidamente rasa
Entre a idade e seus sais
Mas contemplo infinito mundo
Herdado das estrelas
Mergulho em constelação profunda
Dançando ciranda
Em coro universal
Dele oscilo de bailarina exímia
A simples mortal
E assim resisto
Com meu olhar fecundo
Em terras docemente
Colossais.
ACCO