E a vida?
E quanto ao gastar-se da vida
Ao tempo perdido
Em coisas tão importantes
E enfadonhas?
E quanto àquelas coisas
Que realmente importam
As coisas tão mais simples
Que aparecem risonhas
E deixamos sempre passar?
Nos escondemos da vida
Atrás de alguns sonhos
De algumas doces ilusões
De falsas emoções
Damos adeus a nós mesmos
Àquele gosto perfeito
De sentir a vida fluindo
E o cansaço vindo
O coração batendo no peito
Não quero a tristeza de um dia
No pôr-do-sol da vida
Sentir a noite chegando
E meu ser soluçando, lamentando:
“essa vida não foi minha”