Espelho

No cair da noite, quando olho para dentro,

Vejo algo confuso, um reflexo sem alento,

Opaco e disforme, ao mesmo tempo brilhante e cinzento.

Eis a essência humana, em eterno questionamento.

Quando surge a luz, me encanto com seu brilho,

É tão potente e belo, que a maior estrela poderia ofuscar.

Quando, porém, surge o negrume,

Assusta-me a sua face de maldade, que o mais puro coração faria gelar.

E assim é a alma, preta e branca ao mesmo tempo,

Revelando-se lentamente, porem sempre ocultando segredos.

Lucp
Enviado por Lucp em 27/02/2011
Código do texto: T2818385
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