Estava pensando sobre a sombra que acaba de se debruçar,
Sobre essa tão despreparada nação.
Uma população vítima de uma ilusão
Desfocada,
Toscamente borrada...
Arrepio-me só de imaginar...

Uma eleição manipulada
pelo poder público,
com o único intuito,
de se perpetuar no poder,
através de uma criatura inventada.
Tudo previamente combinado,
Para manter o povo ludibriado.

Que triste destino,
Para um povo que começava a entender o seu hino!
Mas, seria essa tragédia mesmo possível?
Que má sorte terrível!
Uma descomunal traição,
Cravando mais uma flecha em nosso coração...

De repente, me lembrei!
Do que tenho em mim, pulsando como certo:
Somos o berço do futuro,
Fomos agraciados por um invisível escudo,
Para preservar as sementes,
Que trarão as novas mentes!

Talvez, nem tenha sido por mérito,
Que ganhamos esse crédito.
Acho que foi mais por falta de opção,
Por total desilusão,
Com as outras nações, em relação ao tratamento
Dispensado ao solo que, generosamente, oferece o alimento.

Tanto sangue derramado!
Tanto ódio impregnado!
Cegueira total,
Mediante uma ambição material
Visceral,
Bestial!

Não é que sejamos santos,
Somos mais novos!
O mais alegre dos povos...
Está certo, temos lá nossos encantos!
Gostamos de abraçar
E isso há de nos salvar!

Portanto, nossa história
Terá que obedecer a ancestral memória.
Nossa estrada,
Já está cosmicamente traçada.
O papel do Brasil como berço de um novo momento,
Está acima dos políticos e seus desonestos argumentos.





Para o visionário Eliezer Batista



Vídeo indicado:
Imperdível – ao vivo
Yaya Massemba
Maria Bethânia 
http://www.youtube.com/watch?v=cicfwDAdAAM&feature=related
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 25/02/2011
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