VERDADE

Profundamente eu caí hoje

Era dia, era cedo, era hoje

Nada além de aqui

Nada além de agora

E a fé, e a esperança

E a criança, a fiança

A cruz, a luz que seduz

Tudo era verso

... E a borracha da verdade apagou

Como é possível viver sem ver?

Com medo de perder

Pensando que se sabe ganhar

Mas estamos aqui, unidos na dúvida

O mais crente nada mais é que o mais cego

A dor é usada como álibi

A arma contra a tirania da liberdade

Ser livre é desgarrar da justificativa!

Será que você pode olhar pra dentro agora?

E perceber que toda a vida da vida queima na sua mortalidade?

As memórias de tempos antes do tempo

De caminhos que fundaram a existência

Você vai mesmo permitir que omitam de você esse sabor?

O gosto da brisa da honestidade, da verdade?

... Um banco de dados, vazio de perspectivas

É isso que você vai se tornar?

É, você mesmo!

Você que escreve, você que lê

Você que canta, você que ouve

Você que pinta, você que observa

Você que grita, você que finge não ouvir

Você que prega, você que aceita

Você que mente, você que, honestamente, não liga

Todos nós, unidos na eterna busca

Seja qual for a nossa verdade, existe uma acima de toda verdade

Qual é?

...

Sem peso, sem culpa: apenas viva!

Tomverter
Enviado por Tomverter em 23/02/2011
Código do texto: T2810143
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