VERDADE
Profundamente eu caí hoje
Era dia, era cedo, era hoje
Nada além de aqui
Nada além de agora
E a fé, e a esperança
E a criança, a fiança
A cruz, a luz que seduz
Tudo era verso
... E a borracha da verdade apagou
Como é possível viver sem ver?
Com medo de perder
Pensando que se sabe ganhar
Mas estamos aqui, unidos na dúvida
O mais crente nada mais é que o mais cego
A dor é usada como álibi
A arma contra a tirania da liberdade
Ser livre é desgarrar da justificativa!
Será que você pode olhar pra dentro agora?
E perceber que toda a vida da vida queima na sua mortalidade?
As memórias de tempos antes do tempo
De caminhos que fundaram a existência
Você vai mesmo permitir que omitam de você esse sabor?
O gosto da brisa da honestidade, da verdade?
... Um banco de dados, vazio de perspectivas
É isso que você vai se tornar?
É, você mesmo!
Você que escreve, você que lê
Você que canta, você que ouve
Você que pinta, você que observa
Você que grita, você que finge não ouvir
Você que prega, você que aceita
Você que mente, você que, honestamente, não liga
Todos nós, unidos na eterna busca
Seja qual for a nossa verdade, existe uma acima de toda verdade
Qual é?
...
Sem peso, sem culpa: apenas viva!