Desdobram pela madrugada
uns porquês e interrogações
nas destelhadas respostas
que desistem de mim

Sou esta exaustão de perguntas
contraindo a voz sem licença
cujo som ocupa um susto
nas esquinas da garganta

É tanta lucidez nesta falta de ar
que sobram-me assombros
tombando entre os dentes

[O que quer de mim esta nova dor
senão me levar?]

...Há um silêncio que não consigo ler

E é tudo o que tenho agora!
Mirea
Enviado por Mirea em 23/02/2011
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