COMETER ERROS NOVOS
Por ora transito
Nos
Mesmos
Erros
Reflito
Antigos
Vícios
Nenhum
Inédito
Equívoco...
Nenhum logro original
A que possa
Dar-me o crédito
De merecer o elogio
Do desprezo, do demérito...
Estou um
Errante medíocre,
Mendicante, recidivo
(No mérito incorreto
Do cansativo desvario)
Hei de
Acometer
Desvios novos,
Belos equívocos,
Criativos...
Quero o júbilo aflito
De acertar
Os fundilhos
Do "por um triz",
Do "quase certo"
Do "por uma maldita nesga infeliz"...
E, quase
Morrendo
No vício
Fascinante
De vacilar
Criar-me-ei feliz
Numa vida que enfim
Me valha
Pela falha perfeita,
Insuspeita:
Terei
Minh'alma
Eleita e aceita
Imortal
Tal um mito
Como o mais nobre
E falível deus
Do Olimpo