Sociedade Abstrata
Vida, vida solitária,
Por que seus frutos rebeldes são tão difíceis de agarrar?
Senão impossíveis de amar?
És tu grande zombadora de meu sofrimento
Causa e reação de meu lamento,
O que faço de você na terra
Só cabe a mim a justificativa
Pois assim como os pecados não somem
As decisões que outros não podem tomar
Meu mundo consomem...
A grande arvore cresce mal regada
Cheia de esterco e podridão
Onde suas raízes alimentam-se de vermes e ervas daninhas
Num terreno rodeado de abutres
Fanfarrões ilustres,
Que tudo têm menos amor
Suas alegrias são passageiras
Banais e sorrateiras,
Grandes hipócritas consumistas do mal
Cuidem de seus corpos
Porque suas almas já se perderam no além de sua ganância...
Vida, vida solitária,
Tudo que sobrou depois de anos foi a esperança de um mundo melhor e subjugado pelo coração daqueles que ainda acreditam num amor verdadeiro...
No sentimento derradeiro.
Paz e amor para o povo de bem.