Dilúvios imaginários
Dilúvios imaginários
Meu cérebro é uma embarcação
Cujo comando é regido pela razão
Os neurônios são os tripulantes.
Os pensamentos são ondas gigantes
Colidem com meu barco todo instante
Pouco há salvação.
Dilúvios imaginários
Muitas vezes necessários
Para escrever.
É a intuição do poder
A permissão para exercer
A aplicação do questionário.
Mesmo que não seja uma pergunta
Dúvidas a minha cabeça junta
Sem saber a resposta.
É a embarcação presa na costa
Pois não fez a medida proposta
Ignorou as perguntas.
Os tripulantes nadam sem direção
Na busca pela compreensão
Das dúvidas intrigantes.
Embora sempre importantes
Elas formas ondas gigantes
Que afundam a embarcação.
Dilúvios que se passam
Outras vezes ameaçam
Rara é a calmaria.
Pouco se percebe o passar do dia
As dúvidas também trazem a ventania
Que a estrutura entrelaçam.
Haverá o dia em que irá ceder
Os tripulantes irão falecer
Não haverá resgate.
A razão não evitará o combate
Nada impedirá que se mate
A organização desse poder.
Marcel 22-06-09