O MUNDO FECUNDO DO FUNDO DO MEU QUINTAL
Escarcéu nos píncaros do céu
Um véu voa à soleira, a bailar abissal
Puro e brutal carnaval da cintilante brisa...
Um abraço do espaço rompe um feixe
De gotas de chuva no meu momento real
União do deleite. Mansidão sepulcral...
Caprichos precisos d’um passado
Silente, carente de bem ou mal
A conversar calado da imensidão
D’eu repisar aquele mesmo chão
Daquele mesmíssimo mundo fecundo
Dos fundos do meu pequeníssimo quintal
P.S> No final de 2010, por aquelas obras do destino tive a oportunidade de pisar novamente no quintal da casa de minha falecida avó. Como me parecia enorme, infinito, aquele espaço quando eu era menino. Mas agora homem feito(?), percebo o quanto é minúsculo aquele quintal e como o meu vasto mundo de criança encolheu incrivelmente quando eu cresci(?)...