O poeta

O mistério das minhas palavras

Está em não ter mistério

A sutileza de meus versos

Está na agressividade do meu lápis

A subjetividade dos meus poemas

Está na realidade de cada rabisco.

Não se engane

Um poeta é misterioso

Mesmo quando é direto

Um poeta é agressivo

Mesmo quando é sutil

Um poeta é um poeta

Sempre subjetivo

Com ou sem um lápis na mão.

Com o coração sangrando

O poeta consegue escrever

Sobre o mistério de um poema

Ou sobre a subjetividade

De uma linha

Sem transparecer uma gota sequer

De sangue.

Bruno Mota Pinheiro
Enviado por Bruno Mota Pinheiro em 12/02/2011
Código do texto: T2787951