NADA ANDA
Nada anda
se não andas.
Se te cansas,
tudo cansa.
Descansa
na varanda,
mas não a vida toda.
Anda
enquanto o sol brilhar.
Queres pão,
queres paz,
nada é fácil,
andar não é fácil.
Se tudo é fácil,
é difícil viver.
Coragem!
Quem espera
alcança?
Ou só cansa?
Com suor no rosto,
o operário tem o gosto
de entrar na casa
que sua mão construiu.
Coragem!
Construa!
Largue esse poema agora
e anda!