É recomendável, nunca fechar com uma verdade...
Colocá-la no plano do definitivo!
A existência está em andamento.
É contínuo seu movimento.
Nada está concluído.
Tudo está sujeito aos caprichos da eternidade.
Creio ser um horroroso engano,
Acreditar-se na perpetuidade de algum conceito.
É devaneio do ego humano.
O que se pode crer é na funcionalidade
De alguns pontos, dentro dessa atualidade.
Mas, sempre lembrando as regras desse leito.
É muito importante manter a mente aberta,
Para permitir a entrada do novo, ainda que pela janela...
Quando se adquire algum conhecimento,
É comum lacrá-lo com cimento
E pregá-lo na parede,
Para apreciá-lo, deitado na rede...
Óbvio, que alguns dados atravessam o tempo.
Alguns são indiscutíveis,
De tão sensatos,
De tão possíveis,
De tão bem acabados!
Todos os outros dependem da evolução para validar seu tempero.
Fixar a mente numa série de crenças,
Compromete o tão esperado final da sentença.
É preciso lembrar que o próximo instante é desconhecido.
O que sabemos são tendências e probabilidades,
Ninguém pode antever a tonalidade
Do que ainda será escrito.
Grandes mentes perdem-se nesse aspecto.
Justamente, por fecharem seu espectro
De possibilidades,
Às visitas inevitáveis da novidade.
Acreditam possuir a chave de tudo,
Que se manifesta nesse mundo.
Essa pretensão
É a pior ilusão!
Prova o quanto ainda estamos despreparados,
Desafortunadamente egocentrados,
Para adentrar no encantado,
Que permeia o firmamento...
E seu incansável desdobramento!
Música antológica
Hotel da Estrelas
Gal Costa
http://www.youtube.com/watch?v=7xzHp7JxV9M&feature=related