Tenho andado tão desatenta,
Que não observo onde caminho...
Percorri Oasis e desertos,
Lugares tenebrosos e incertos.
 
Hoje meu caminho é estrada de areia.
Meus pés, pesados ficam a cada passo...
A dor que no peito ziguezagueia,
Irradia em tudo que faço.
 
Estagnada como estátua de pedra.
Sem emoção, o coração teima em pulsar...
Vivendo impasse, vida X morte,
Num jogo onde a sorte é o passaporte.
 
Sinto um punhal me cravando,
Sinto o coração sangrando, definhando...
 
Sinto a vida me hipnotizando, me extorquindo,
Relutante me entrego e me sinto caindo.
 
Meu único desejo foi amar...
Meu único erro foi amar...
Não estou a lamentar...
Só aceitando e me deixando findar...
Me deixando levar...
 
Este vento gélido que me penetra,
Congela as emoções de minh'alma...
Neste instante a vida encerra...
E alcança, aspirada ausência de íntima guerra...

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Lord, te agradeço de todo coração este maravilhoso soneto... 
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Fragilidade
 
Andas em vias falsas de falsas falas
Caminhas em vias vagas, tolas almas
Punhal ali encrava, dilacera, empalas
Morte até aos mortos vazios e palmas
 
Aplausos calorosos a quem lhe resvalas
Tua pena é amar e o peito não te acalmas
Conselho que deite nas frias toscas valas
Perca assim todas as dores e suas escamas
 
Considere os desertos lugares ermos pertos
Sem oásis, apenas a sede salutar a lhe beijar
Matando, partindo, são peitos secos,desertos
 
Um local perdido longe de teu sereno mar
Pobre alma perdida, fugiste de teus apertos
Achaste o que não fora perdido, mas foste buscar
 
 Lord Brainron

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Susely
Enviado por Susely em 08/02/2011
Reeditado em 09/02/2011
Código do texto: T2779878
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