NADAS
Há dias em que nada basta.
Um nada literal e sufocante.
Silêncio, solidão, solstício.
Noutros dias, tudo basta.
Um tudo mais sufocante do que o nada.
Barulhos, bagulhos, Bolcheviques.
Entre o tudo e o nada, a interdependência.
No fim, somos todos nadas
Buscando por nossos tudos.