AS VOLTAS QUE A MENTE DÁ

remates solares

nas sombras

dos ares

embates

crepusculares

à tarde dos meus sóis

ilusão ocular

calor afável

ao solo do lugar...

uma mão,

uma mãe,

um filho,

um bando

um estribilho...

um netinho

no colo

um coração

em fibra, fibrilando

o grilo arfante

assoviando

o sorriso fácil...

o olhar

desviado dos olhos

por dentro

dos óculos escuros

e há um

tal de

senhor poeta

a me provocar

pelos raios

que, brandos, queimam-me

nessas voltas

que a mente dá...