PALAVRAS QUE NÃO TENHO

Do azul não presente,

Latente

Acolhe-me um instante

Torto

Sulcado

Indireto

(Meu céu insular é seu dialeto...)

De o meu pensar diletante

Sopro-me na precariedade

Do calor trágico de elementos mutantes

Que me rebatem os ouvidos

(Estampidos. Sem tiros...)

Conquisto-me em palavras que não tenho

E nunca foram de minha lavra...

Esfria-se a lava das frases sem tino

Costuram-se me as pratas da voz

No cós da razão