Morrer... quiçá?!
Hoje meu desejo é a morte
O Amanhã não pertence à poesia
Beberei cada gota de veneno
Que passa pelo tinteiro
Escrevo dentro de mim o medo
De viver a cada dia
De morrer a cada segundo
... Ontem já não sabia quem era
e agora menos ainda
Vou morrer para a minha morte
Estendida na varanda
... matando-me eu vivo
Vivendo mato-me ma ciranda
Agora só me resta o sobejo
que deixaram da ceia divina
< morte e vida >
Destino - sina...
Vou morrer por uns instantes
perderam-se as poesias
sem versos correndo nas veias
sem noites cavalgando nos dias...
O poeta já não morre
na estreiteza dos seus versos
que por si já vivem tanto
em cada esquina do imerso...