ABERTURA
Encontrei o meu lugar quando vi pela fenda do teu olhar
Senti toda a vida transmutada na gota de orvalho que lavara a minha retina
Vi que em toda lama há um espelho que reflete o medo de amar
Sentimento difuso que vigia o ser perdido em meio à chuva de enredos
Estou aqui, observando a vida pela curvatura do meu olhar
A imagem que guardo é secreta
Nem mesmo os anjos definiriam a solitude deste meu singelo TREMULAR...
Escura penumbra que invade-me devagar
Escuto os risos que escondem as lágrimas sombrias
A lua surge por detrás do monte invisível que segue meu olhar
Estou confusa e perdida neste novo estar
A claridade escuta-me e segue-me por todas as tuas noites
Aqui estou, e não me canso de crer neste AMOR que somente a lua embala!