MEUS PASSOS, MEU DESTINO!

MEUS PASSOS, MEU DESTINO!

Onde foi parar o meu bom senso?

Porque eu deixo de fazer tudo

aquilo que deveria?

As minhas atitudes contrariam o

que eu de verdade penso;

Pois comprazo-me com as coisas

que juro que não queria.

A minha vontade não se faz plena;

Quando percebo que o não fazer ao

próximo tudo aquilo

que não quero pra mim;

porém, por ora, tudo isso ainda me é um dilema;

surtindo um efeito retardatário de um estado egoístico

que julgava ter chegado ao fim.

Até ontem quando percebia a presença do invisível;

Pensava ser o meu caminhar tão independente;

Diante dos sofrimentos alheios, me fazia invencível;

Mas defronte ao espelho d’alma, percebo-me

crivelmente transparente.

Cego às minhas virtudes, porém conhecedor

da lei que dirige a vida;

Choro o choro dos aflitos que aprendera a ter

a casa forte construída;

Intolerante cantiga do galo na minha consciência

pela enésima vez repetida;

Caos, estrondos de bombas me abalam a estrutura

agora toda destruída.

“Outrora eu tinha a paz dos ignorantes

porém a alma dos de antes”

E diante de toda essa impertinência;

Vejo-me um “Hércules”tão homem e tão menino;

Rogo ajuda aos deuses dos titãs, peço clemência;

Sou tão forte, sou tão frágil... peregrino em desatino;

Guie-me os passos ao meu destino.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS) 23/OUT/06