COVA

No escuro da noite, entre recantos de assombração

Eu chorei lamentos surdos de insensatez

Como um ébrio em trovas de embriagues

Vasculhei a mal sorvida vida

Em busca de ilusão e sonho

Torpe tentativa de estancar a ferida

Eu rabisquei nas paredes do mundo os gritos que não dei

Fugi de beijos e abraços

E se meu coração batia mais forte... Que ironia

Fingia que nunca me apaixonei!

Hoje sou presépio vendo a vida da estante que deitei

Um arquivo morto. Desses que não há o que buscar

Virei apenas o negativo de um retrato que nunca tirei!

luis lopes
Enviado por luis lopes em 06/01/2011
Código do texto: T2713830
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