A poesia em mim (um rascunho)
Sempre escreverei poesias
Não importa se boas ou ruins
Por que sou o que escrevo
A poesia vive em mim
E materializa meus sentimentos.
Se amo
Então as declamo.
Se estou alegre
Então elas brilham como cristais.
Mas se estou triste
Como estou agora,
Ela condensa meu sofrimento
É a ponte para um mundo só meu,
Onde de mim só verão os rastros.
Meus rastros em minha poesia.
Não verão minha alma retalhada,
Não verão meu coração que sofre
A minha solidão na multidão
O pesar pelos meus erros
O silente pedido de perdão.
Verão poesia pura e simples,
Uma poesia singela e um tanto triste
Que a alguns pode até emocionar.
E que será contudo,
Mais uma poesia
Que será lida, às vezes até declamada,
Às vezes até guardada,
Às vezes até relembrada,
Mas nunca totalmente decifrada.
Por não saber amar,
Demais errou,
Aquele que a alma, a poesia, revelou.
Isso é o que dirão.
Em tentar em vão mostrar seus sentimentos
Viveu mais um poeta.
Isso é o que estará escrito.
Curitiba PR, 07 de outubro de 2002