Prefiro um território existencial
Sem a mira dos holofotes
Sem as constantes chamadas
No meu celular indiscreto
 
O único apelo que escuto
Vem de meu próprio peito
Que evita o mundo lá fora
Por que aqui dentro é quente
 
É quente pela brandura do sorriso
Pelo fervilhar do pensamento
Pelo inconformismo com o instituído
De todo e qualquer sacramento
 
Não quero a vida estéril
Das idéias prontas
Das imagens apelativas
De uma sociedade insana
 
Não quero pessoas mortas
Para viver a meu lado
Que já desistiram de amar
“Fantasminhas” legais
 
Quero sim tua maior angústia
O maior grito de desespero
Isso nos manterá lúcidos
Num caminho sem medos
                      ACCO
Foca
Enviado por Foca em 03/01/2011
Código do texto: T2706670
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