Prefiro um território existencial
Sem a mira dos holofotes
Sem as constantes chamadas
No meu celular indiscreto
O único apelo que escuto
Vem de meu próprio peito
Que evita o mundo lá fora
Por que aqui dentro é quente
É quente pela brandura do sorriso
Pelo fervilhar do pensamento
Pelo inconformismo com o instituído
De todo e qualquer sacramento
Não quero a vida estéril
Das idéias prontas
Das imagens apelativas
De uma sociedade insana
Não quero pessoas mortas
Para viver a meu lado
Que já desistiram de amar
“Fantasminhas” legais
Quero sim tua maior angústia
O maior grito de desespero
Isso nos manterá lúcidos
Num caminho sem medos
ACCO