Sal...
Pedras no caminho e borboleta azul...
As pegadas são desertas,
As ruas são de época,
Contando histórias, lendas e milagres.
E nesse diálogo sobre o tempo e seus moinhos,
Existiram despedidas de vidas, chegadas e partidas.
Cada um com sua bagagem e uma peculiar biografia,
Que contam:"...friezas, amores, paixões, tristezas e alegrias..."
Seja da laje e sua antena,
Seja do terço e sua novena.
Cada um com seu cartão postal e seu sorriso sem igual.
Todos fazendo esboços de uma vida irreal, que talvez, seja concretizada no final.
Freios e buzinas...
É música para quem gosta de sentir-se vivo!
Para quem só respira por respirar e gosta de viver uma vida fúnebre,
Carnaval é melancólico e sexo é horrível!
Pessoas prostradas se auto sufocam e oprimem os seus...
Enquanto outros rogam terem o coração arado, resgatado!
Olhos que como Oásis choram agonias e inglórias...
Querendo um colírio real que vos façam voltar a ser vital.
Enquanto outros tem o colírio bendito mas o transforma em malditos!
A boca é amarga e frustrada, só destila fel.
Já não distingui mais nada...
As artérias entupiram e tudo tornou-se insípido!
Enquanto outros anseiam libertar-se e de verdade sentirem o “sal”...
O sal do peixe da vida, com feridas, todas elas vencidas e bem resolvidas.
E a terra segue assim...
Espalhando o vento que direciona “quem quer ser feliz”.
Já outros ficam contanto os minutos para chegarem o fim. O fim da vida!
((( Camila Senna )))