Sal...

Pedras no caminho e borboleta azul...

As pegadas são desertas,

As ruas são de época,

Contando histórias, lendas e milagres.

E nesse diálogo sobre o tempo e seus moinhos,

Existiram despedidas de vidas, chegadas e partidas.

Cada um com sua bagagem e uma peculiar biografia,

Que contam:"...friezas, amores, paixões, tristezas e alegrias..."

Seja da laje e sua antena,

Seja do terço e sua novena.

Cada um com seu cartão postal e seu sorriso sem igual.

Todos fazendo esboços de uma vida irreal, que talvez, seja concretizada no final.

Freios e buzinas...

É música para quem gosta de sentir-se vivo!

Para quem só respira por respirar e gosta de viver uma vida fúnebre,

Carnaval é melancólico e sexo é horrível!

Pessoas prostradas se auto sufocam e oprimem os seus...

Enquanto outros rogam terem o coração arado, resgatado!

Olhos que como Oásis choram agonias e inglórias...

Querendo um colírio real que vos façam voltar a ser vital.

Enquanto outros tem o colírio bendito mas o transforma em malditos!

A boca é amarga e frustrada, só destila fel.

Já não distingui mais nada...

As artérias entupiram e tudo tornou-se insípido!

Enquanto outros anseiam libertar-se e de verdade sentirem o “sal”...

O sal do peixe da vida, com feridas, todas elas vencidas e bem resolvidas.

E a terra segue assim...

Espalhando o vento que direciona “quem quer ser feliz”.

Já outros ficam contanto os minutos para chegarem o fim. O fim da vida!

((( Camila Senna )))

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 02/01/2011
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T2705184
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