C O N V I C Ç Õ E S
Não quero dublar os sorrisos de outrem
Quero interpretar todos os protestos mudos
Quero a verdade sem nenhum adjetivo
Quero a linguagem do coração com ou sem sotaque
Não quero presenciar aos congressos da omissão
Quero ouvir um clamor uníssono pela paz
Não quero gestos de boas ações ensaiados
Quero ser uma pedra no alicerce do mundo
Não quero crer na ciência senão sombra de Deus
Quero ser o porta-voz de todas as boas intenções
Quero, na condição de pó, evitar a ventania
Quero, sem presunção de sábio, ser cético
Quero a felicidade de um par de botas.