A VERDADE SEMPRE

Do velho tempo o que restou foram lembranças,

Amargas, doces, eu, tão criança,

Acalentava sonhos que hoje vejo

Que eram para manter-me

Viva, com um sorriso nos lábios,

Vivia na expectativa de que tudo ia melhorar.

Foram lágrimas e sorrisos como se gente grande eu fosse,

Fui exposta, e dei às costas as tantas dores,

Precisava falar de cores, de amores,

Pela vida, pela natureza, pelos animais,

Por algo que trouxesse consistência,

E logo cedo meu olhar tornou-se aguçado,

A sensibilidade era tanta que quase

Ninguém entendia,

Já fui chamada de louca, de pirada, de estranha,

E no íntimo, só meu Deus sabe o tamanho

Da lucidez que sempre carreguei,

Não poderia concordar com tantos

Falando que o verde era rosa,

Se eu não enxergava como tal,

Sempre fui fiel a mim,

Por isso, batia o pé até o fim,

E falava do que via, do que sentia,

Não aceitava o fato de concordar com algo

Que era visto por um olho só e os

Bajuladores concordando,

Mesmo sabendo que tudo era mentira,

Ó, por favor, tenha dó.

De louca não tenho nem nunca tive nada,

Graças a Deus sou sã, inteira,

Nunca fui pela metade,

Muitos tentaram calar-me,

Não conseguiram, jamais conseguirão,

Nasci com o dom da escrita,

Com a Verdade como tema da minha vida,

Assim sigo, ando, vou...

Até onde, não sei...

Onde Deus permitir...

Deixarei meus rastros bons onde passar,

Falarei a Verdade sempre,

Nem que para isso tenha que me ferir.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 20/12/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2681815
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