A vida cala... calada, perfuma

A vida cala...

Na lágrima de despedida

No eco emudecido da partida,

Calada,

Na voz silente da madrugada

Seu silêncio cala... fala,

No musicar triste de minh'alma...

Então ensurdeço a todo bom ruído e,

Ao ouvir sons de agudos espinhos,

Medos submersos vem tragar-me a paz

Agredir-me os ouvidos,

Novamente, a vida cala

...

E calada, perfuma...

A vida resiste,

A perfumar meu viver,

Insiste...

Em meus caminhos

Ouço o cantar das rosas e,

Imersa em suas fragrâncias,

Inebrio meu ser...

Pois o perfume que cala,

É o mesmo perfume que exala...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 19/12/2010
Reeditado em 22/12/2010
Código do texto: T2680453
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