A vida cala... calada, perfuma
A vida cala...
Na lágrima de despedida
No eco emudecido da partida,
Calada,
Na voz silente da madrugada
Seu silêncio cala... fala,
No musicar triste de minh'alma...
Então ensurdeço a todo bom ruído e,
Ao ouvir sons de agudos espinhos,
Medos submersos vem tragar-me a paz
Agredir-me os ouvidos,
Novamente, a vida cala
...
E calada, perfuma...
A vida resiste,
A perfumar meu viver,
Insiste...
Em meus caminhos
Ouço o cantar das rosas e,
Imersa em suas fragrâncias,
Inebrio meu ser...
Pois o perfume que cala,
É o mesmo perfume que exala...