Pensamento
Quando paro nesse canto quadrado
Não para o meu olhar pelos cantos do quarto
E fixa a parede que me permanece quieta
Eu longe, não consigo ficar
Me vejo quadrada como o canto chegando a mim
E o meu pensamento querendo ir
Atravesso a parede que me sufoca
Eu quieta, com os olhos de dentro fora
E vejo várias voltas de vozes vindas
Que exalam meu imaterial peso da vida
Que me precede a leve essência fingida
Eu,no palco de um grão dela apareço destorcida
Assim como existo quando penso
E olho pro teto da luz vaga
Que meus olhos externos atravessam
Eu tonta, de tantos cantos que passo
Pelas horas acordadas quando
Lembradas naquele instante enquanto
Impulsionam meus pés que andam dispersos a ser
Eu distante, como vidas mortas que se acham sem querer
Quando sinto o material peso do meu corpo
Os meus olhos voltam achados
Quando meu corpo permanece deitado
Eu sorrindo, o perdido pensamento chorado