Sorriso e recomeço

Que tapa na face essa poesia

Contingente de corpo exilado pelo tempo

Necessários para descer dos altares

Perturbadores da alma

Conseguinte de sensações dolorosas

E nesse tempo demorasse apenas um acaso

Para desabar a capacidade de resolver

De expressar com os olhos luminosos

Que apesar de fracos eram fortes

Nas mãos de quem os conduzia

Bastou apenas um realce de limite

Alguns segundos de esquecimento

Já se foram então os convites

Quase não se sente entendimento

E o dilaceramento cruel é calmo

Quase vingativo

Vão se livrando de mais alguma saliência

Perturbações que antes pareciam brilhar

Espedaçaram-se pela escada que flutuava

Todos os feitos que até então bastavam

Depois disso o que resta?

Esquecer ora sim, ora não.

Lembrar-se mais calma e leve

Ou não cumprir as leis da moral

Por um sorriso no rosto e recomeçar

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 17/10/2006
Código do texto: T266987