Homem de natureza livre

O ser que possui fé, que exalta-se sempre para seu semelhante

Esse cresce pouco e desordenado. É improdutivo logicamente pensando,

Ele perece nos esteios da fé, ele se martiriza e fenece.

A fé faz do ser humano agente reprimido da sociedade em que vive

Pois a paixão dar e tira, tira mais do que oferece.

Enquanto o homem de fé se põe de joelhos para agradecer ao invisível

O pouco que possui ou alimentar-se de provisões futuras.

O outro a quem chamam de incrédulo, que é contrario, o sem fé.

Esse ao em vez de fé tem vontade, tem o sim e o não, ele o sem paixão.

Aquele que é sagaz, que anda na direção do pote de ouro, aquele

Que precisa necessariamente se preocupar com as formigas ordeiras

Primeiro para só depois derrubar o urso feroz.

Falo do homem sem fé. Ele não precisa de fé, ele odeia atraso,

Fé é atraso, ele repudia humilhação e ficar de joelhos diante do nada

É humilhação, pura humilhação.

Ao em vez de ajoelhar-se ante a uma imagem sem expressão

Ele prefere seguir adiante, ele anda para frente não para nunca,

Pois ele almeja alcançar as montanhas, ele quer os Alpes,

busca o movimento e vislumbra seu reinado de liberdade.

A natureza se manifesta a favor dos homens sem fé.

Quem precisa de fé? O corpo é forte e robusto o bastante para

Ir além do que se imagina. O homem de fé permanece em inércia,

Em seu subsolo. Já o homem de natureza livre corre atrás de seus

Desejos. O homem sem fé é saudável, higiênico, livre de qualquer

Pensamento viral. Ele simplesmente nasce para habitar as montanhas.