SONHO QUE SONHEI SÓ
Sonho que sonhei só
Sono que acordei só
Na turba, o silêncio
Na quietude a solidão
Na solitude, contemplação
Na contemplação, elucubração
E de flanar evolou-me a razão
E a razão é o tormento da alma
E alma a aflição do mortal
Na morte o insólito
No insólito repousa a dúvida
E a dúvida? Esta eu não sei
Cicerone cego do talvez
E o talvez, jamais saberei
Se por certo ou duvidoso
Houvera acertado ou errei