FLORES DE OUTONO
AS FLORES DE OUTONO CAEM SOBRE A MESA
NUM DIA AONDE OS DIAS VÃO SE PERDENDO NO OLHAR
NESSE LAMPEJO DE VIDAS ALÉM DA VIDA
ONDE TUDO O QUE SOMOS VAI ACABAR SE RESUMINDO A TUDO QUE PERDEMOS
NUM ENTREPONTO QUASE APOTEÓTICO DESSA VIDA ENTRÓPICA
ESSES VAGOS PENSAMENTOS ELUCIDAM O POUCO QUE RESTA DE SENTIDO
QUANDO OS ANJOS SE CALAM NA NOITE, OS DEMÔNIOS SE PERDEM NO DIA
NESSA INTRO-FANTASIA REPLETA DE MISTÉRIOS QUE SE TORNOU A VIDA
PARTE DO QUE SOMOS, SEMEAMOS COM MENTIRAS
CERTAS INVERDADES QUASE SINCERAS DESSE COTIDIANO DEVASTADOR
NÓS, BEM CEDO, FOMOS NOS DESLIGANDO DO PURO SENTIDO DA VIDA
E NOS CONECTANDO AO QUE EXISTE DE MAIS SINTÉTICO E DESNECESSÁRIO
A QUEM AINDA OLHE NO CÉU, BUSCANDO UM AFAGO
A QUEM OLHE, CONDENANDO O ILUSTRE MORADOR DAS TERRAS IDÍLICAS
A QUEM NEM MAIS ESPERE, POR QUE PROS MORTOS NÃO RESTA A MORTE
NOS BOSQUES DAS TERRAS DESCANSADAS, LÁ TODO AMOR REPOUSARÁ