FLORES DE OUTONO

AS FLORES DE OUTONO CAEM SOBRE A MESA

NUM DIA AONDE OS DIAS VÃO SE PERDENDO NO OLHAR

NESSE LAMPEJO DE VIDAS ALÉM DA VIDA

ONDE TUDO O QUE SOMOS VAI ACABAR SE RESUMINDO A TUDO QUE PERDEMOS

NUM ENTREPONTO QUASE APOTEÓTICO DESSA VIDA ENTRÓPICA

ESSES VAGOS PENSAMENTOS ELUCIDAM O POUCO QUE RESTA DE SENTIDO

QUANDO OS ANJOS SE CALAM NA NOITE, OS DEMÔNIOS SE PERDEM NO DIA

NESSA INTRO-FANTASIA REPLETA DE MISTÉRIOS QUE SE TORNOU A VIDA

PARTE DO QUE SOMOS, SEMEAMOS COM MENTIRAS

CERTAS INVERDADES QUASE SINCERAS DESSE COTIDIANO DEVASTADOR

NÓS, BEM CEDO, FOMOS NOS DESLIGANDO DO PURO SENTIDO DA VIDA

E NOS CONECTANDO AO QUE EXISTE DE MAIS SINTÉTICO E DESNECESSÁRIO

A QUEM AINDA OLHE NO CÉU, BUSCANDO UM AFAGO

A QUEM OLHE, CONDENANDO O ILUSTRE MORADOR DAS TERRAS IDÍLICAS

A QUEM NEM MAIS ESPERE, POR QUE PROS MORTOS NÃO RESTA A MORTE

NOS BOSQUES DAS TERRAS DESCANSADAS, LÁ TODO AMOR REPOUSARÁ

Tomverter
Enviado por Tomverter em 09/12/2010
Código do texto: T2662247
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