Sinto o que não pode mais se falar
Calo quando não ousam mais me dizer
Falo o que não pode mais se calar
Adivinho o que não pode mais se prever
Penso quando não mais há que pensar
Revejo o que não cabe mais reverter
Pressinto quando deveria enxergar
Enxergo o escuro dentro do meu ser
Sou pequeno demais pra sonhar
Sou grande bastante para entender
Paro mas penso que devo andar
Acordo sem conseguir adormecer
Grito sem deixar o som propagar
Canto esta poesia que vem do meu ser
Busco meus sonhos na brisa do mar
Um mundo bonito em que possa caber
Lugar bem pequeno, mas que haja luar
Sol tão brilhante que me faça aquecer
Parti, mas antes do fim comecei a voltar
Ao mesmo lugar que mereço esquecer

Té...