Da minha janela

Da minha janela

Eu contemplo,

A vida a passar pelo tempo...

Da minha janela

Eu contemplo,

A paisagem a mudar no balanço do vento...

Da minha janela

Eu assisto,

A esmolar alimento, uma cadela vadia...

Da minha janela

Eu assisto,

A mendigar sentimento, uma mulher tão vazia...

Da minha janela

Eu vejo,

A soterrar seus desejos, bocas amordaçadas, sem beijos... lábios frígidos,

Da minha janela

Eu vejo,

Uma saudade insistente a buscar sutilmente, a luz de um olhar que partiu...

Da minha janela

Eu sinto,

O Sol aquecendo meu corpo e, o amor ternamente, preencher os vazios...

Da minha janela

Eu sinto... pressinto,

Cheiro de terra molhada, alma fecunda... e o germinar de uma paz tão profunda...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 06/12/2010
Reeditado em 06/12/2010
Código do texto: T2655569
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