SOL A SÓS COM A SOLIDÃO

SOL A SÓS COM A SOLIDÃO

Sol que és tão belo, ilumina nossos passos.

redescobrir o caminho da partida e o recompasso.

Oh céus, oh céus!

onde está a paz de outrora?

mas se é pra pensar no futuro distante;

como é que vai o nosso presente instante?

Vigiar, vigiar, vigiar...! Viajar, viajar, viajar...!

Preciso sorrir sem deixar de impedir a lágrima cair,

preciso ser forte, sem perder o encanto do belo.

Sol..., sua beleza e sua luz sei que amanhã virão;

porém ainda é noite sem lua;

agora não és Sol;

agora sois SOLidão.

O sono não vem, contudo já não me sinto tão só;

tenho a companhia de uma caneta para me ajudar;

reflito o meu grito,

lembro agora que mais difícil é não ter estrada pra caminhar.

O ponteiro do relógio gira incessantemente

E amanhã não vai chover intensamente.

E se chover;

construirei um barco e navegarei com as águas dos meus olhos para um mundo melhor.

Oh Sol, como és bom, ainda não chegaste,

mas já te fazes presente.

preciso agora de uma centelha da tua luz para ingressar

no escuro do meu ser.

Reencontrar-me contigo, pois na verdade,

nunca saíste de mim, e sim somente deixei de te ter.

Outrora eu tinha a paz dos ignorantes;

porém também a alma dos de antes.

Sol, oh meu amigo Sol;

Lá é bem longe daqui;

mas se existe outra condição...

...como sou feliz por estarmos a sós na SOLIDÃO.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS) 1995