NA HORA DA CHUVA

NA HORA DA CHUVA

CHOVE CHUVA, MOLHA MINHALMA;

MOLHA MINHA TERRA MOLHADA

QUE O SOLO AINDA NÃO ENCHARCOU.

ÁGUA E LÁGRIMA , SÃO TANTAS, MAS NADA ME CONSOLA;

LEMBRANÇAS DA BENDITA QUERIDA TERRA ESCOLA;

MAS QUE O SOL QUE CARREGO AQUI DENTRO

AINDA NÃO SECOU.

NA HORA DA CHUVA QUE POR ORA ORA;

CHOVE A CHUVA E ALMA CHORA;

DE UM TEMPO IDO QUE NÃO PASSOU.

TOMARA DEUS QUEIRA

EU POSSA DIZER-ME AGORA

ALMA DECOLA;

PARTE;

PARTE COM AS PARTES PARTIDAS DO TEU CORAÇÃO;

PORÉM CONSOLA OS AFLITOS

QUE NÃO TÊM ÁGUA PARA SACIAR SEUS GRITOS;

REPRIMIDOS DO TEMPO DO NÃO.

TUAS VIDAS, TUAS SINAS;

SÃO TANTAS IDAS E VINDAS;

BEM SABES NÃO SABES VOAR AINDA.

MAS ENCHUGA TEU ROSTO,

TEU PRANTO SEI QUE TU CONTROLAS;

LEVANTA AQUELOUTROS SEDENTOS

QUE DA TUA PALAVRA ESMOLA;

POIS ÉS ESTEIO NA TERRA FIRME

QUE O TELHADO SE ESCORA.

ABRIL/2004 – Belém –Pa.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)