Ode A Verdade

Por todas as vezes que choramos

Por todas as vezes que sangramos

Por cada dia que levou nosso melhor

Por cada sorriso que forçamos pela poesia do dia

Por cada dia de sol que não aqueceu nossas almas

Por toda gota de lágrima por perdas significativas

Por todo ouro do nosso coração que demos a quem não mereceu

Pela simples insuficiência da probabilidade

Num tipo de entrega, a vida foi perdendo a graça

A cada dia, observando você de perto, triste melodia

Em cada parte do fim, os retalhos do começo

Na hora de despertar, perdeu seu trem

Não se comova, por que hoje é um dia como todos os outros

Nada na sua graça ou desgraça fere o grande ciclo

O perturbador e infindável caminho pro abismo de luz e sombras

Por que você era só um menininho desajeitado quando aprendeu a estar só

Quando a solidão te beijava a face no meio de todos

Uma espécie de grito, dado entre as nações

Que estremecia os céus, mas que não chegava aos seus

Hoje é tarde, já esqueceram a poesia, mataram a alegria da triste menina

E por que deveria ser diferente?

Já não há inocentes faz muito tempo

Por que desacreditaram da verdade, se é que é esse o nome

Foram assediando a pureza, até que violentaram toda a esperança

Tomaram seu frágil corpo e a lançaram numa rua deserta, fria

Lá, foi adoecendo e suas vísceras foram ficando escuras, mortas

Nesse dia como todos os outros

Em um poema como todos os outros

Em uma dor como todas as outras

Sem redenção, por que não existe culpa!

... Sem redenção, por que não existe culpa!

Tomverter
Enviado por Tomverter em 30/11/2010
Código do texto: T2645425
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