Baú de recordações
Mesmo num baú escondidos
Na esperança que alguém os procure
Que um dia sejam reconhecidos
Ou tão simplesmente entendidos
São guardiões de pequenos segredos
Ou apenas de sentimentos silenciados
Quando a voz teima em se calar
Apenas no papel se escreve
Aquilo que o coração quer gritar
Olhos marejados de lágrimas
Um vazio na alma sentido
E tudo parece perdido
Uma réstia de esperança aparece
E a nuvem negra se esvanece
O sentimento vira então poema
A vida nos faz de novo sorrir
E já não há mais problema
O caminho é para seguir
No baú velhinho sempre guardar
Pedacinhos de dor mas também alegria
Para mais tarde lembrar
Anabela Fernandes