Escolhas

Quando tive que escolher um caminho, sem ao menos saber para onde iria, senti medo, uma insegurança absurda! De que o risco de não encontrar a minha alegria, por hora antes perdida, seria o meu maior desatino. Passei longos breves momentos chorando, lágrimas de encher pequenos frascos, misturados a soluços desesperados, rezando e implorando que algo no universo me enviasse um sinal. “O que fazer da minha vida?” Era minha maior indagação! “O que eu poderia ser?” Tornou-se minha maior dúvida. “O que realmente queria?” Minha maior preocupação.

Após meus olhos fecharem de tão inchados, minha voz ficar rouca de tantos gritos reprimidos de socorro, eu ali sozinha não obtive sinal, ninguém me socorreu. Ainda não sabia para onde ir, nem que caminho escolher.

Decidir arriscar, me jogar na vida como uma folha ao vento até parar em algum lugar, se possível que tenha uma brisa fresca e um ambiente acolhedor. Algum lugar que eu pudesse sentir-me maravilhada!

E assim, mergulhei para um mundo só meu. Criei uma rota alternativa e renasci, vivendo um dia de cada vez.

Só assim eu realmente me descobri e concluí que saber o que quero não é mais tão importante. Mas, saber quem eu quero tornar-me.

Mesmo que a mudança seja constante e que a cada dia, em cada lugar, eu possa ser uma pessoa diferente.